Levantamento do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) mostra que Campo Grande concentra a maior parte dos trabalhadores do setor cultural em Mato Grosso do Sul, enquanto o inside do estado tem participação bem menor. Os dados fazem parte do Sistema de Informações e Indicadores Culturais, que analisa o período de 2013 a 2024 e foi divulgado nesta semana.
Campo Grande concentra a maior parte dos trabalhadores do setor cultural em Mato Grosso do Sul, com 7% das pessoas ocupadas na área em 2024, enquanto no inside do estado o índice ficou abaixo de 3,5%, segundo dados do IBGE.O levantamento considera atividades artísticas tradicionais, publicidade, audiovisual, design e comunicação. A capital também registrou uma das menores variações de preços em bens e serviços culturais entre 2020 e 2024, com crescimento médio de 2,3% ao ano, abaixo da média nacional.
De acordo com o estudo, 7% das pessoas ocupadas em Campo Grande atuavam no setor cultural em 2024, proporção bem superior à registrada nos demais estratos geográficos de Mato Grosso do Sul, onde o índice ficou abaixo de 3,5%. O IBGE aponta o estado como exemplo de forte concentração das atividades culturais na Capital, cenário que se repete em várias unidades da federação, mas que em MS aparece de forma mais acentuada.
O levantamento considera como setor cultural não apenas atividades artísticas tradicionais, como música, teatro e artes visuais, mas também áreas como publicidade, audiovisual, design, comunicação, eventos e produção de conteúdo. Segundo o IBGE, a concentração desse tipo de ocupação nas capitais está ligada à presença de infraestrutura, serviços, mercado consumidor e acesso à tecnologia.
Além do mercado de trabalho, Campo Grande também aparece no estudo ao integrar o grupo de capitais usadas como referência para o Índice de Preços da Cultura, indicador que mede a variação de preços de bens e serviços culturais. Entre 2020 e 2024, o município apresentou uma das menores variações acumuladas do país, com crescimento médio de cerca de 2,3% ao ano, abaixo da média nacional registrada no período.
Na prática, isso significa que o custo de produtos e serviços ligados à cultura, como web, streaming, atividades culturais, jornais, livros e serviços de comunicação, cresceu menos em Campo Grande do que em outras capitais e regiões metropolitanas analisadas pelo IBGE.
O estudo também mostra que, de forma geral, o setor cultural no Brasil mantém alto nível de informalidade, característica que afeta diretamente estados como Mato Grosso do Sul. Embora trabalhadores da cultura tenham, em média, escolaridade maior que a do conjunto da população ocupada, a informalidade segue elevada, especialmente fora dos grandes centros urbanos.
Para o IBGE, os dados reforçam a importância de políticas públicas voltadas à descentralização das atividades culturais e ao fortalecimento do setor fora das capitais.
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